quinta-feira, 20 de maio de 2010

Joaquim... (1/3)

"Há muito tempo atrás, em um vilarejo praiano, existia um garoto franzino chamado Joaquim. Esse pequeno garoto cresceu em meio a natureza, vivia brincando pela praia e pedras nas encostas.

Num dos seus passeios, viu no meio de tantas rochas alguma cosia que brilhava intensamente. Era uma Pedra vermelha, estranha, mas a que mais chamava atenção dentre tantas outras... Joaquim resolveu guardar aquela pedra consigo, não sabia bem prq, mas sentia que aquela pedra não era comum...era especial...

O menino cresceu. Cresceu valorizando seus amigos, seus valores e ideais. Sempre respeitoso, cultivava um círculo de pessoas confiáveis em sua volta. Sempre que preciso, tomava a frente e botava sua face a tapas. E isso sempre o evidenciou... criando muitas amizades, e inimizades também...

Sempre foi boêmio. Gostava da noite, assim como do dia, e não recusava uma festa. Numa dessas situações, conhecera uma garota. Cabelos lisos e vermelhos, como chamas reluzentes, se diferenciava entre as outras pela sua força exterior. E pela primeira vez, sentiu vontade de parar no tempo, e se lembrou daquela pedra guardada quando criança...

Ao chegar em casa, tirou de uma caixa de sapato a tal pedra. Dessa vez, brilhava ainda mais intensamente...como se soubesse que chegara a hora. Joaquim sentiu seu sangue correr mais rápido... cada vez mais intensamente...pegou aquela pedra, guardou nas velhas calças que vestia, e seguiu denovo ao encontro àquela que receberia seu presente...

Joaquim chegou, e como se esperasse tal resposta, sentiu aquela garota pendurada em seu pescoço, num gesto de felicidade plena. Era a hora de entregar a pedra...
Ele estendeu a mão, mostrando o brilho que continha no bolso até então... E aquela garota dos cabelos em chamas vibrou ao segurá-la...

...mas algo estava errado. Ao tê-la nas mãos, a rocha começou a brilhar menos...parecia que as mãos da pequena garota inibiam o brilho anterior. E mais que isso: quanto menos brilhava, mais pesada se tornava a pedra...
Mesmo forte, e com esforço...ela não pôde segurar a pedra vermelha, que caíra como se pesasse 1tonelada no chão. Joaquim acompanhou tudo aquilo, observando como tudo acontecera...e apanhou novamente o objeto.

Ao recuperá-lo em mãos...sentiu aquela pedra, que havia se tornado uma rocha comum, esquentar novamente... esquentar ao ponto de brilhar, e se tornar tão vermelha quanto a primeira vez que a teve em mãos... E resolveu guardá-la novamente, para que nunca parasse de brilhar...

(continua...)

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